Não acredito! Era tudo um pesadelo. A morte de Raquel, o lago, a
escola, a minha vida. Tudo um pesadelo. Como estou feliz em dizer que
isso tudo acabou. Ao menos era o que eu queria lhes contar, mas a
realidade, infelizmente, não é essa.
Estou sozinha, e não sei
como enfrentar. Isso resume a minha vida. Parece cocaína, mas é só
tristeza. Isso resume o meu momento.Cheguei a casa em lágrimas, ainda
bem que minha avó não estava lá. Bendita missa. Subi as escadas
correndo e soluçando. Abri a porta de meu quarto, a casa estava tão
quieta.
Entrei, liguei o computador, coloquei uma play list para
tocar e deitei na cama. As imagens de Raquel ensanguentada vinham-me a
mente toda hora. Eu não gostava dela, mas a vi morrer.
Imagine o que Gabriel estava sentindo, eles eram muito amigos. Estavam sempre muito perto um do outro.
Estava
eu já quase pegando no sono quando ouvi um barulho lá de fora -
bruuuumm. Parecia barulho de coisas explodindo. Após o barulho ouvi
gritos desesperados e choros.
Peguei meu roupão lilás,
coloquei-o sobre meus braços e calcei meu chinelo de dedo. Desci as
escadas. Andei um pouco até chegar à praça. Eu estava muito preocupada e
com receios.
Muita coisa acontecendo a Desdém muito rapidamente. Morte, afogamento da menina nova, e agora esse barulho.
O que pode ser isso?
Quando cheguei ao meio da praça pude ver o que era.
Vi um vulto, do tamanho de um ônibus, em chamas. Cheguei mais perto.
O
vulto é um ônibus. E o fogo passou, ou melhor, se transformou.
Transformou-se em explosão. Ou melhor, antes do ônibus explodir, o que
explodiu foi uma viatura.
Foi quando eu entendi. A viatura era
do chefe de policia. Estava em frente a casa dele. E o ônibus, era do
acampamento infantil da cidade.
Estavam todos em volta chorando, acuados ou tristes.
Vi
de relance Bianca e Gabriel, não juntos, mas os vi. Bianca indo pra sua
casa e Gabriel sendo preso. Acho que por causa do ônibus, sua irmã,
Gabriela, fazia parte do acampamento.
Foi quando, sem olhar pra trás, fui embora. Não queria ser mais testemunha de mais nenhuma tragédia.
Subi
aquelas escadas de madeira escura como se fosse para meu próprio
enterro. Deitei em minha cama e dormi. Acordo assustada. Meu
despertador berrando – pipipipi. Eu estava atrasada pra escola. Primeira
vez que isso acontecia desde sempre.
Arrumei-me correndo. Troquei de roupa, penteei-me, calcei meus tênis, peguei o material e desci as escadas.
Fui,
em passos rápidos, em direção da escola. Em passos normais, chegaria em
15 minutos. Mas, como estava com pressa, com sorte, chegaria em 7
minutos. Passei pelo centro comercial de Desdém, as pessoas que estavam
abrindo suas lojas me olharam assustadas. Sempre era eu quem chegava
primeiro.
Cheguei à escola, mas perdi a primeira aula, história, afinal, já eram 7:30. Eu tinha que esperar a próxima aula.
Eu estava sentada no banco perto do portão da escola. Lia um livro de ficção, J.K Rowling, enquanto esperava.
O
inspetor de alunos se surpreendeu a me ver e não ver Gabriel. Mas
deixou-me passar. Entrei na segunda aula, infelizmente, eram duas de
matemática, odeio matemática.
A Senhora Eliane Costa me odiava. Sempre que possível, pegava no meu pé.
E eu ainda sentava na carteira mais próxima da mesa dos professores, o que piorava tudo.
Eu sempre faço de tudo pra que não haja um pedaçinho do meu rabo pra Senhora Costa pisar.
Passaram
as aulas, eu na minha como sempre, agora era intervalo. Eu não estava
com fome, como sempre no horário do intervalo. Então, peguei meus fones
e sentei-me à mesa da lanchonete que eu sempre sentava, no pátio.
Gabriel não estava lá. Nem ninguém ligado ao acampamento. Isso me assusta.
Fomos
logo liberados, a professora de biologia e nem o de química foram. Nem
passei em casa, fui direto à biblioteca, queria partir desse mundo
nojento, queria ir pra um universo paralelo que eu amo: livros.
Nesse
tempo, não conversei com ninguém, não encontrei ninguém, só fiquei lá,
dando baixa em livros, emprestando livros, guardando livros.
Demorei um pouco mais de propósito, queria chegar à casa de noite.
Quando estava chegando a casa, vi um garoto. Devia ter uns 17, 18 anos. Ele não tava bem, eu tinha que ajudar.
Ele
era bonito. Tinha o cabelo meio desarrumado e uma camisa preta e estava
em lágrimas, com feição de ódio ao rosto. Chamou-me a atenção. Isso
nunca ocorrerá antes.
-Está tudo bem com você?-precipitei ao perguntar
-Sim,
estou bem, responde o garoto. -Meu nome é Lutrícia Sena. E o
seu?-resolvo perguntar, meio curiosa. -Dante. Dante Rodrigues. Foi
quando me lembrei da historia do garoto.
Por: Gabriel Lopes
Por: Gabriel Lopes
não vou enfatizar a falta de técnica e os atropelos que o autor deste capitulo teve, mas gostaria de expor criticas construtivas, para que o autor em sua auto-analise possa melhorar, e fazer capítulos melhores da próxima vez. bem, tome cuidado com as virgulas, pois elas assim como ajudam também podem atrapalham. tente escrever coisas mais consistentes e mais concisas e coerentes para não se perder em sua história. é isso.
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